GT44: Juventude, utopia e as artes da cidadania

Coordenação: Ricardo Campos (CICSNova, Nova FCSH); Alix Sarrouy (CICSNova, Nova FCSH); Alexandre Barbosa Pereira (Universidade Federal de São Paulo); Glória Diógenes (Universidade Federal do Ceará-UFC ); Tirso Sitoe (Bloco 4 Foundation)

Com este GT procuramos reflectir sobre o papel desempenhado pela juventude enquanto motor de reflexão crítica e transformação social, num período de crise e incerteza. Perante um ce-nário histórico que se apresenta cada vez mais incerto e frágil, marcado por um acentuar da crise climática e da destruição dos ecossistemas, pela ascensão do populismo e do nacionalismo, pelo acentuar das desigualdades sociais e pela fragilização do Estado social, procuramos entender de que forma a juventude pensa o futuro e age numa perspectiva glocal, no sentido da construção da mudança. Idealizar, experimentar ou lutar por utopias é, por isso, um elemento central dessa busca por novos horizontes. A criatividade, as artes e a cultura têm desempenha-do, historicamente, um papel central neste âmbito. Criatividade na formulação de novos projectos e ideais de vida, mas também na forma como os mesmos são defendidos, implementados e narrados, com recurso à música, ao cinema, à performance, à literatura, etc.

A produção cultural e artística é um elemento chave para a construção das identidades juvenis, como tem sido detalhado pela literatura especializada. Esta desempenha um papel articulador relevante na construção de laços identitários e comunitários, convidando a construir novas visões do mundo e da realidade que, tantas vezes, colidem com o mundo adulto da normatividade hegemónica.

Os jovens estão, por isso, na vanguarda de correntes contraculturais, na linha da frente da inova-ção e da fabricação de utopias que ocorrem à margem dos canais institucionais. No nosso entender, a artes da cidadania são territórios de expressão estética e política (arte urbana, rap, fanzines, activismo digital, culture jamming, funk, poetry slam, etc.), compostos por agentes, gramáticas expressivas e canais de comunicação, através dos quais os jovens engendram colectivamente um sentido para o mundo. Neste GT aceitamos propostas de diferentes áreas disciplinares que tenham por base pesquisas empíricas ou reflexões teóricas que tratem os temas mencionados.

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http://ailpcsh.org/conlab2020/

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